Ajudar ou não ajudar, eis a questão.
Por definição do dicionário, o verbo “ajudar” significa prestar socorro, dar assistência, auxiliar. Na prática, ajudar traz um sentimento bom, nos remete a algo nobre e bonito.
Coloco aqui uma situação: ao ajudar alguém, em seu íntimo você espera algo em troca? Ganhar atenção, reconhecimento, ou até mesmo ser visto com superioridade? Ter expectativa de receber algo (mesmo que não seja material) descaracteriza a nobreza do seu esforço?
Não venho aqui julgar ninguém, mas gostaria de alertá-lo que o sentido genuíno da ajuda está em “dar algo sem intuito de ganhar algo de volta”.
Independente do lado que você estiver na situação, seja ajudador ou o ajudado (claro que trocamos esses papéis diversas vezes em nossas vidas) há um processo espiritual como plano de fundo. Quem pede ou aceita ajuda, está desenvolvendo a sua humildade; quem a oferece, evolui em empatia e caridade.
Essa relação é admirável, não é mesmo? Sim, desde que haja equilíbrio. Há pessoas que se acomodam nesse papel necessitado, sempre dependendo de suporte externo, o que pode gerar um vício, uma dependência. Assim como o papel do auxiliador também exige cuidados, há quem acabe perdendo o controle e se viciando na sensação de heroísmo e orgulho próprio. Por isso, conscientização é tudo, perceber até onde e quando você deve ajudar o outro é essencial para se ter equilíbrio.
Uma circunstância para avaliarmos: o que fazer quando um terceiro nos recorre auxílio por outra pessoa? Divido aqui um caminho que tenho adotado. Apenas intercedo nas situações que houver influência de espíritos viciados em drogas, ou, pessoas com distúrbios mentais. E mesmo assim, minha interferência não é pessoal e direta, mas eu clamo para os Mentores dessa pessoa. Me doo em energia e amor, para que seus Mentores os usem a favor da pessoa manipulada pelas entidades negativas.
Antes de prestar socorro ao outro, analise se você entende daquele sofrimento, se já passou por algo similar; se sim, avalie se alcançou resultados positivos. Caso negativo, tenha cuidado para não agir por impulso e estar julgando pelo que lhe parece certo. Lembre-se: o que é bom para você, nem sempre é bom para o outro. Há momentos em que temos que enfrentar certas provações sozinhos, aprender e evoluir.
Diversas vezes acompanhamos o sofrimento de familiares e amigos, nos esforçamos e fazemos tudo o que está ao nosso alcance para livrá-los daquilo e não conseguimos. Quer saber o motivo? Assim como você, cada ser humano possui um tempo de aprendizado, de abertura…. e apenas passando por todo o processo, em seu tempo, alcançarão sua própria evolução.
Cuidado ao estender a mão e despender todos os seus esforços por alguém, afinal, nem todos que pedem ajuda estão realmente preparados para recebê-la. Esteja ciente dos seus limites, saiba a hora de parar e deixar que o outro siga por si só.
Cada um está em um momento da vida e sempre vamos necessitar de ajuda. Por isso não julgue um terapeuta que busca terapia, um coach que busca outro coah, e assim vai… Afinal, crescemos em união, nas ajudas recebidas para cada processo/passo da nossa jornada.
Aprenda a pedir ajuda quando preciso e saiba quando a sua ajuda se faz necessária ou não. Amar é também dizer não.